quinta-feira, 19 de junho de 2008

Lei de ajuste cubano cobra novas vítimas: uma moça e uma criança


Havana, 18 jun (acn) Novas vítimas cobrou a Lei de Ajuste Cubano, que estabelece privilégios para todo nacional deste país, que consiga tocar solo norte-americano mesmo que seja simbolicamente. Dessa vez, foi a morte de uma criança de apenas 11 anos, que trouxe tristeza e desolação a uma família cubana, seduzida pela propaganda do governo norte-americano.


Jorge Luis Núñez Sánchez (11), residente na comunidade rural de La Sierra, município de Encrucijada e Yudersi Rosabal Rodríguez, natural de Sagua La Grande, Villa Clara, faleceram na passada segunda-feira (16) quando um grupo de 20 pessoas procedentes dessa província tentaram sair clandestinamente do país, alentados pela Lei que estimula a emigração ilegal de Cuba para os EUA.

Segundo o jornal Granma, a frágil embarcação em que navegavam as vítimas, soçobrou no momento em que os traficantes que os levariam aos EUA bateram nela com sua lancha rápida, visando assim evitar a perseguição das autoridades fronteiriças cubanas. Eles sabiam que assim conseguiriam distrair a atenção dos guarda-fronteiras e poderiam fugir.

De fato, as tropas cubanas desviaram seus esforços para o salvamento das pessoas, mas nem mesmo assim conseguiram evitar a morte do menino e a moça.

Agora Vivian Sánchez Cabrera, a mãe de Jorge Luis, chora a perda de seu único filho. Sente remorsos de tê-lo arrancado da escola, de seus amiguinhos e expô-lo a um perigo desnecessário sem meditar nas conseqüências de tal atitude.

De acordo com Sánchez Cabrera, a criança, esteve o tempo todo, perto dela, era o centro de atenção de todos, pois esteve falando até o último momento, sem sensação de perigo.

“Ele estava a meu lado na parte dianteira do bote quando a cigarreta (lanchas de alta velocidade utilizadas pelos traficantes de pessoas no Estreito da Flórida) nos veio em cima e virou a embarcação. O salva-vidas caiu para um lado e o menino foi arrancado dos meus braços. Nunca mais o vi”, lembra Vivian tocada e reconhece: “Perdi o único que tinha na vida, já é tarde para me lamentar. Devi pensá-lo bem antes de cometer essa loucura”.

Outro dos que tentou abandonar a ilha foi Miguel Laureiro López, que relata os pormenores da operação. Segundo ele, os traficantes os recolheriam em algum ponto do estreito da Flórida e os deixariam perto de Miami, onde os familiares das pessoas ou os próprios emigrantes pagariam dez mil dólares por pessoa.

“No sábado fomos avisados do plano que iria se concretizar entre a noite do domingo e a madrugada da segunda-feira”, explica Laureiro. Ele lembra que um dos assassinos, no momento de consumar a atrocidade, exclamou: “Vamos matar todos eles”.

Agora Laureiro, médico veterinário formado pela Revolução, lamenta a atitude assumida que custou a vida de duas pessoas, incluindo a de um menino e feridas graves a duas mulheres, uma delas com perigo para a vida.

Mais uma testemunha dos fatos é Ramón Díaz Granado, de 55 anos, que salvou a vida milagrosamente ao ser resgatado por seu neto quando praticamente estava afogado.

Dias Granados, tinha visitado a SINA (Repartição de Interesses dos Estados Unidos em Havana) várias vezes para solicitar o visto norte-americano e assim poder viajar àquele país onde moram seus três filhos. No entanto, sempre recebia respostas evasivas e falsas promessas por parte dos funcionários consulares.

Em seu desespero, Ramón aceitou a proposta de viajar de maneira ilegal e agora lamenta as conseqüências. “Eu aconselho a todo aquele que se sinta pai ou mãe que não cometam a loucura de embarcar seus filhos nessa aventura. É como condená-los a uma morte segura”, disse enfático ao ser entrevistado.

“É preciso ver a cara de assassinos que tinham os traficantes e com que raiva atacaram o nosso barquinho sem lhes importar que todos morreríamos afogados”, afirma Díaz Granado, que reconhece que se a maioria salvou a vida foi graças à atitude dos combatentes das Tropas Guarda-fronteiras.

Fonte: Cuba Noticias

Lei de ajuste cubano cobra novas vítimas: uma moça e uma criança


Havana, 18 jun (acn) Novas vítimas cobrou a Lei de Ajuste Cubano, que estabelece privilégios para todo nacional deste país, que consiga tocar solo norte-americano mesmo que seja simbolicamente. Dessa vez, foi a morte de uma criança de apenas 11 anos, que trouxe tristeza e desolação a uma família cubana, seduzida pela propaganda do governo norte-americano.


Jorge Luis Núñez Sánchez (11), residente na comunidade rural de La Sierra, município de Encrucijada e Yudersi Rosabal Rodríguez, natural de Sagua La Grande, Villa Clara, faleceram na passada segunda-feira (16) quando um grupo de 20 pessoas procedentes dessa província tentaram sair clandestinamente do país, alentados pela Lei que estimula a emigração ilegal de Cuba para os EUA.

Segundo o jornal Granma, a frágil embarcação em que navegavam as vítimas, soçobrou no momento em que os traficantes que os levariam aos EUA bateram nela com sua lancha rápida, visando assim evitar a perseguição das autoridades fronteiriças cubanas. Eles sabiam que assim conseguiriam distrair a atenção dos guarda-fronteiras e poderiam fugir.

De fato, as tropas cubanas desviaram seus esforços para o salvamento das pessoas, mas nem mesmo assim conseguiram evitar a morte do menino e a moça.

Agora Vivian Sánchez Cabrera, a mãe de Jorge Luis, chora a perda de seu único filho. Sente remorsos de tê-lo arrancado da escola, de seus amiguinhos e expô-lo a um perigo desnecessário sem meditar nas conseqüências de tal atitude.

De acordo com Sánchez Cabrera, a criança, esteve o tempo todo, perto dela, era o centro de atenção de todos, pois esteve falando até o último momento, sem sensação de perigo.

“Ele estava a meu lado na parte dianteira do bote quando a cigarreta (lanchas de alta velocidade utilizadas pelos traficantes de pessoas no Estreito da Flórida) nos veio em cima e virou a embarcação. O salva-vidas caiu para um lado e o menino foi arrancado dos meus braços. Nunca mais o vi”, lembra Vivian tocada e reconhece: “Perdi o único que tinha na vida, já é tarde para me lamentar. Devi pensá-lo bem antes de cometer essa loucura”.

Outro dos que tentou abandonar a ilha foi Miguel Laureiro López, que relata os pormenores da operação. Segundo ele, os traficantes os recolheriam em algum ponto do estreito da Flórida e os deixariam perto de Miami, onde os familiares das pessoas ou os próprios emigrantes pagariam dez mil dólares por pessoa.

“No sábado fomos avisados do plano que iria se concretizar entre a noite do domingo e a madrugada da segunda-feira”, explica Laureiro. Ele lembra que um dos assassinos, no momento de consumar a atrocidade, exclamou: “Vamos matar todos eles”.

Agora Laureiro, médico veterinário formado pela Revolução, lamenta a atitude assumida que custou a vida de duas pessoas, incluindo a de um menino e feridas graves a duas mulheres, uma delas com perigo para a vida.

Mais uma testemunha dos fatos é Ramón Díaz Granado, de 55 anos, que salvou a vida milagrosamente ao ser resgatado por seu neto quando praticamente estava afogado.

Dias Granados, tinha visitado a SINA (Repartição de Interesses dos Estados Unidos em Havana) várias vezes para solicitar o visto norte-americano e assim poder viajar àquele país onde moram seus três filhos. No entanto, sempre recebia respostas evasivas e falsas promessas por parte dos funcionários consulares.

Em seu desespero, Ramón aceitou a proposta de viajar de maneira ilegal e agora lamenta as conseqüências. “Eu aconselho a todo aquele que se sinta pai ou mãe que não cometam a loucura de embarcar seus filhos nessa aventura. É como condená-los a uma morte segura”, disse enfático ao ser entrevistado.

“É preciso ver a cara de assassinos que tinham os traficantes e com que raiva atacaram o nosso barquinho sem lhes importar que todos morreríamos afogados”, afirma Díaz Granado, que reconhece que se a maioria salvou a vida foi graças à atitude dos combatentes das Tropas Guarda-fronteiras.

Fonte: Cuba Noticias

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